De acordo com PF, quadrilha usa empresas regularizadas para a aquisição de produtos químicos usados para sintetizar os mais variados tipos de droga – desde anfetaminas até cocaína.A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (27) a Operação Quinto Elemento, para desarticular uma quadrilha especializada no tráfico de drogas sintéticas. O grupo, segundo a corporação, atua em Goiás, mas tem colaboradores em diversos estados do país.Cerca de 400 policiais federais cumprem 145 mandados judiciais em Goiás, em São Paulo, no Paraná, no Tocantins, na Bahia, em Minas Gerais e no Distrito Federal. São 30 mandados de prisão temporária, oito de prisão preventiva, 40 de condução coercitiva, 55 de busca e apreensão e 12 sequestros de bens imóveis, incluindo um prédio residencial de 20 apartamentos.
De acordo com nota da PF, a quadrilha se utilizava de
empresas regularizadas para a aquisição de produtos químicos usados para
sintetizar os mais variados tipos de droga – desde anfetaminas até
cocaína.
“A grande quantidade de produtos químicos adquiridos
chamou a atenção dos investigadores, que constataram um esquema
econômico organizado para o tráfico, com a participação de farmácias,
laboratórios e vendedores, que se utilizavam de veículos de luxo para
comercializar a mercadoria ilegal”, destacou o comunicado.
Ainda segundo a PF, durante as investigações foram
desmontados oito laboratórios sendo que, em apenas um deles, foram
apreendidos cerca de 630 mil comprimidos conhecidos comoecstasy do
Paraguai, também usados como rebite, prontos para o consumo. O volume é
superior à quantidade apreendida pela corporação durante todo o ano de
2015.
Outro laboratório foi surpreendido produzindo
aproximadamente 800 mil comprimidos. As investigações apontam que, em
oito meses, um dos laboratórios gerenciados pela organização movimentou
cerca de R$ 240 milhões.
“Todos os envolvidos
responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade
ideológica e tráfico de produtos químicos para a produção de drogas”,
informou a nota.
O
nome de batismo da operação faz referência ao éter, que era considerado
por alquimistas como o quinto elemento e está relacionado à quantidade
da substância encontrada no primeiro laboratório investigado.
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