O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta sexta-feira (21) a
notificação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e do senador Fernando Collor (PTB-AL) para apresentarem
defesa em 15 dias. Os parlamentares foram denunciados quinta-feira (20)
pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com a
denúncia, Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a
contratação, em 2006 e 2007, de dois navios-sonda pela Petrobras com o
estaleiro Samsung. O negócio foi formalizado sem licitação e ocorreu por
intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando
Baiano, que está preso há nove meses em Curitiba.
No
caso de Collor, as investigações indicam que o parlamentar recebeu
cerca de R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora,
subsidiária da Petrobras.
>> Cunha e Collor são denunciados ao STF por corrupção e lavagem
Ontem
(20), o presidente da Câmara e o senador Fernando Collor refutaram as
denúncias. Em nota, Cunha rebateu com “veemência” e chamou de “ilações” a
denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
No texto, ele se diz inocente e aliviado, “já que agora o assunto passa
para o Poder Judiciário”.
>> Cunha: "Não há a menor possibilidade de eu não continuar no comando da Câmara"
>> Em nota, Cunha diz que é inocente e que está absolutamente sereno
Fernando Collor manifestou-se por meio das redes sociais, classificando a denúncia de “lances espetaculosos”.
”Como
um teatro, o PGR procurador-geral da República encarregou-se de
selecionar a ordem dos atos para a plateia, sem nenhuma vista pela
principal vítima dessa trama, que também não teve direito a falar nos
autos”.
>> Após ser denunciado, Collor acusa Janot de fazer festim midiático
Depois
de receber a manifestação da defesa, o ministro Teori Zavascki,
relator dos inquéritos, vai elaborar um voto e o levará a julgamento.
Se a maioria dos ministros entender que existem provas para abertura da
ação penal, Cunha e Collor passarão à condição de réu.
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