quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Presidente grego nomeará governo interino até sexta

O presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, deve nomear um novo governo interino para o país na próxima sexta-feira (28) e deve anunciar as eleições gerais para o dia 20 de setembro, informa a mídia grega nesta quarta-feira (26).   
A nomeação deve ocorrer porque a oposição fracassou em formar uma aliança para governar a Grécia. A data-limite para essa formação encerra-se amanhã (25) e não há nenhuma indicação de consenso entre os políticos.   
Segundo o jornal "To Vima", a presidente da Corte Suprema, Vasiliki Thanou, assumirá o papel interino de chanceler grega, enquanto a Presidência já conversa com diversos candidatos à ocuparem os principais Ministérios, como de Economia, Relações Exteriores e Defesa. Salvo alguma surpresa, nenhum dos nomes que ocupam as pastas será mantido após as eleições. O ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, que é o mais forte concorrente para o pleito, deu uma entrevista à emissora "Alpha TV" em que afirma que não quer ser "herói" da nação. "O povo grego queria o acordo. Tenho a consciência tranquila.   
Lutei duramente, como pude, para reivindicar os direitos do povo. Decidir sair do euro seria uma catástrofe de gravidade incalculável", declarou o líder do Syriza. Ele ainda ressaltou que "após 17 horas de reunião" com os credores europeus, viveu "um dilema". "Vou embora e volto para casa como herói, mas no dia seguinte teria que enfrentar a quebra dos bancos? Escolhi não virar herói por alguns dias, pagando um preço político", disse se referindo a dissidência de quase 30 membros do Syriza após as aprovações necessárias para receber um terceiro pacote de ajuda financeira.   
Segundo uma pesquisa eleitoral da emissora "Vergina TV", as eleições não vão ser tão fáceis para Tsipras. A popularidade do partido Nova Democracia (de centro-direita) está, atualmente, muito mais próxima àquela do Syriza, na comparação com as eleições gerais de janeiro. Com base na pesquisa, o Syriza teria 24% dos votos, enquanto o Nova Democracia tem 22%. No início do ano, o partido de esquerda conquistou 36,3% contra 27,8% dos votos. O "recém-nascido" Unidade Popular, com os dissidentes do Syriza, teria 4,5% dos votos.

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