Em viagem oficial a Israel, o vice-presidente Michel
Temer afirmou que, diante da onda crescente de protestos no Brasil, o
governo federal deve "dialogar com os manifestantes e procurar soluções
para os problemas".
"O Governo Federal deve dialogar com os
manifestantes para averiguar quais são as queixas principais e depois
terá que encontrar soluções; devemos incentivar o diálogo, saindo do
pressuposto de que o direito à manifestação é um direito democrático,
estipulado em nossa Constituição", disse ele à BBC Brasil.Para o vice-presidente, a onda de protestos nas cidades brasileiras representa "uma revelação cabal da ascensão social de milhões de cidadãos".
"Enquanto 40 milhões de brasileiros estavam na probreza absoluta não havia reivindicações, mas agora há protestos voltados para a melhoria dos serviços públicos", afirmou.
"Devemos ver o significado positivo dessas manifestações populares, mas também é preciso preservar as instituições."
Excessos
Se referindo aos protestos da última quinta-feira na capital paulista, Temer também defendeu que "os excesso da polícia sejam apurados" e a unificação das polícias Civil e Militar."O governador (Geraldo Alckmin) já instruiu a Corregedoria (da Policia Militar) a investigar os excessos cometidos por policiais durante as manifestações", disse.
"É preciso que haja um braço investigatório e um braço fardado, que tenha uma função preventiva e repressiva", afirmou, "o rótulo não importa".
Temer iniciou na segunda-feira uma visita oficial de cinco dias a Israel e à Palestina, onde deverá se encontrar com os principais líderes das duas partes.
Em Tel Aviv, o vice-presidente inaugurou um novo Centro Cultural do Brasil.
Dilma
Também nesta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff comentou os protestos, dizendo que "a grandeza das manifestações de ontem (segunda-feira) comprovam a energia da nossa democracia, a força da voz da rua e o civismo da nossa população"."O Brasil hoje acordou mais forte", resumiu a presidente, que fez os comentários em um discurso durante uma cerimônia no Palácio do Planalto.
"Essa mensagem direta das ruas é por mais cidadania, por melhores escolas, melhores hospitais, pelo direito à participação. Essa mensagem direta das ruas é pelo direito de influir nas decisões de todos os governos, do Legislativo e do Judiciário. Essa mensagem direta das ruas é de repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público."
A presidente lamentou episódios de vandalismo e violência registrados durante os protestos: "(...) (as manifestações) aconteceram atos minoritários e isolados de violência contra pessoas, contra o patrimônio público e privado, que devemos condenar e coibir com vigor".
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