quinta-feira, 27 de junho de 2013

Turquia quer controle sobre Twitter após protestos

O governo turco pediu que o Twitter abra um escritório no país para que os representantes do site de redes sociais possam ser contactados mais facilmente.
Tanto o Twitter como o Facebook foram usados para disseminar informações durante os protestos antigoverno.
De acordo com a mídia local, dezenas de pessoas que usaram o Twitter foram presas na Turquia acusadas de "incitar" as manifestações.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, já havia dito que o site é "um flagelo".
Nesta quinta, o ministro do Transporte e da Comunicação, Binali Yildrim, afirmou que "quando a informação for pedida, queremos ver alguém na Turquia que possa fornecê-la".
"É preciso haver um interlocutor para quem possamos expressar fazer nossas queixas e que possa corrigir o erro, caso haja um."
O Twitter se recusou a responder ao pedido do governo na quarta-feira passada, mas uma fonte próxima à empresa disse que não há planos de abrir um escritório no país.

Sem pedidos

Nem o Twitter nem o Facebook possuem escritórios na Turquia; o Facebook lida com assuntos referentes à Turquia através de seu escritório em Londres.
Ambos os sites são populares no país e foram amplamente utilizados por cidadãos procurando informações sobre os protestos em um momento em que a mídia turca fez pouca ou nenhuma cobertura dos eventos.
Yildrim sugeriu na quarta-feira que tinha obtido "melhor cooperação" do Facebook, mas a empresa se apressou em esclarecer afirmar que não recebeu nenhum pedido do governo turco para fornecer dados de usuários após os protestos.
A administração do site fechou algumas páginas relacionadas ao ativismo na Turquia, mas somente porque elas teriam "perfis falsos", segundo a empresa.
"De um modo geral, nós rejeitamos todos os pedidos de dados por parte de autoridades turcas e os encaminhamos para os canais legais, a não ser que haja uma ameaça imediata a uma vida ou a uma criança", diz a nota.
Sites de redes sociais e outras empresas de tecnologia tentam manter a confiança do público, após as denúncias de que a Agência Nacional de Segurança americana (NSA, na sigla em inglês) teria acesso direto a grandes quantidades de dados em servidores de nove grandes empresas de internet ─ incluindo Google, Microsoft, Facebook, Yahoo, Skype e Apple.

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