O Federal Bureau of Investigation (FBI) dos EUA
afirmou nesta sexta-feira que o ataque aos sistemas de computadores da
Sony Pictures partiu da Coreia do Norte. “O FBI tem informações
suficientes para concluir que o governo norte-coreano é responsável por
essas ações”, afirmou a agência em um comunicado. A acusação pública
eleva a temperatura das relações entre os dois países.
O governo Obama calcula quais ações deve tomar em
resposta ao ataque. As opções, entretanto, são escassas, dado o já alto
grau de isolamento do regime norte-coreano.
Investigadores encontraram diversas similaridades
entre os métodos utilizados para o ataque com outros casos ligados à
Coreia do Norte, assim como semelhanças com um ataque cibernético contra
bancos e empresas de mídia na Coreia do Sul.
Ataques levaram ao cancelamento do lançamento (Foto: Divulgação)
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O
ataque que levou ao cancelamento da estreia do filme "The Interview",
depois que foram divulgadas ameaças de violência a cinemas que exibissem
o filme. Nele, um âncora de TV e seu produtor marcam uma entrevista com
Kim Jong Un, atual líder da Coreia do Norte, e são recrutados pela CIA
para assassiná-lo.
O ataque também expôs correspondência constrangedora
entre os executivos da empresa. O caso é visto como um assunto de
segurança nacional, uma vez que envolve um ataque a sistemas de
computadores feito por um país estrangeiro a uma empresa
norte-americana.
No entanto, ele não se encaixa dentro da definição
de um ataque crítico à infraestrutura dos EUA, como seria um ataque a
uma concessionária de serviços públicos, a bolsa de valores ou parte da
rede de transporte.
“Estamos seriamente preocupados com a natureza
destrutiva deste ataque a uma empresa privada e a cidadãos que trabalham
para ela”, afirmou o FBI em seu comunicado. “Tais atos são de
intimidação estão fora dos limites aceitáveis de conduta.”
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