A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal
Federal (STF) que instaure dois processos para investigar o envolvimento
do deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) com o doleiro Alberto Youssef.
Um dos principais investigados da Operação Lava Jato e já denunciado
pelo MPF, Youssef é suspeito de lavar o dinheiro desviado de contratos
da Petrobras.
Os dois inquéritos correm em segredo de Justiça. A PGR e o STF não
comentaram o teor dos inquéritos. Protocolados quarta-feira (3), os
pedidos serão analisados pelo ministro Teori Zavascki.
Acusado de receber dinheiro de Youssef, com quem já admitiu ter feito
negócios, embora tenha negado qualquer tipo de sociedade, Argôlo
responde na Câmara dos Deputados a um processo por quebra de decoro
parlamentar que pode lhe custar o mandato.
Em outubro, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
(CPMI) da Petrobras, a ex-contadora de Youssef Meire Poza disse que
emitiu mais de R$ 7 milhões em notas fiscais frias a pedido do doleiro.
Desse valor, R$ 1 milhão teriam ido para a empresa Grande Moinho
Cearense, a pedido de Argôlo. Posteriormente, o relator do processo
contra Argôlo na Câmara, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), sustentou que
as denúncias de Meire são críveis.
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