O presidente palestino,
Mahmoud Abbas, assinou 20 acordos internacionais nesta quarta-feira,
incluindo o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, um dia
depois de ter uma proposta de resolução rejeitada no Conselho de
Segurança da Organização das Nações Unidas.
A medida, que deverá irritar Israel e os Estados Unidos, abre caminho
para o tribunal ter jurisdição sobre os crimes cometidos nos territórios
palestinos e investigar a conduta dos líderes israelenses e palestinos
ao longo de mais de uma década de conflito sangrento.
"Eles nos atacam e atingem nossa terra todos os dias e para quem
podemos reclamar? O Conselho de Segurança nos decepcionou - onde devemos
ir?", disse Abbas a um grupo de líderes palestinos em comentários
transmitidos pela televisão oficial.
"Queremos apelar a instituições internacionais, e esta é uma delas, e
vamos reclamar para eles", acrescentou, antes de assinar os documentos.
Nos meses que antecederam a tentativa de aprovação de uma resolução na
ONU, que fracassou na noite de terça-feira, a Suécia reconheceu o Estado
palestino e os parlamentos de França, Grã-Bretanha e Irlanda aprovaram
moções de cumprimento não obrigatório instando seus governos a fazer o
mesmo.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu ao ato palestino desta quarta-feira.
"Vamos tomar medidas em resposta a isso e defenderemos os soldados de Israel", disse Netanyahu em um comunicado.
Na terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou um projeto de
resolução dos palestinos que pedia um acordo de paz em 12 meses e a
retirada de Israel dos territórios palestinos ocupados até o fim de
2017.
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