sexta-feira, 26 de abril de 2013

Israel volta a prometer que não usará mais fósforo branco em armas

Autoridades militares israelenses afirmaram que o país deve interroper o uso de munições de artilharia com fósforo branco, utilizado para criar cortinas de fumaça.
As munições devem ser substituídas por outras que usariam apenas gases para causar o mesmo efeito.
Grupos de direitos humanos condenaram o uso de armas com fósforo branco durante o conflito de Gaza, por elas causarem sérios danos à população civil.
Leis internacionais restringem o uso de fósforo branco durante a guerra.
Ele é utilizado, além de ocultar movimento de tropas com uma cortina de fumaça, para marcar alvos inimigos ou até mesmo incendiar os oponentes.
Seus efeitos podem ser mortais. Em contato com a pele, a substância causa queimaduras que vão até o osso. O fósforo branco libera ainda um ácido nas feridas que pode causar o envenenamento da vítima.
Os militares israelenses afirmaram que as munições já existentes possuem "quantidades mínimas" de fósforo branco. Elas seriam desativadas "em breve".

Promessa renovada

Há três anos, após o conflito na faixa de Gaza, Israel já havia prometido criar novas regras para limitar o uso de armas com fósforo branco.
Na época, mais de 1,4 mil palestinos e 13 israelenses foram mortos em três semanas de conflito.
Durante a ofensiva, Irsael usou fósforo em áreas densamente povoadas, segundo a ONU e a ONG Human Rights Watch.
Parte de uma instalação da ONU se incendiou após ser atingida por pedaços desse armamento – que tem produtos químicos que entram em combustão em contato com o ar.
A Human Rights Watch afirmou que Israel "deliberadamente ou por negligência" usou fósforo branco em armamentos que violam o direito humanitário internacional, causando "mortes desnecessárias de civis".
Israel afirmou que o uso de fósforo branco em armas é permitido pela lei internacional e que teria tentado evitar mortes desnecessárias em Gaza.
Porém, um protocolo da Convenção de 1980 sobre armas convencionais bane o fósforo branco como uma arma incendiária contra populações civis ou em ataques aéreos contra forças inimigas em áreas civis.

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