terça-feira, 8 de julho de 2014

Rio registra dois casos de chikungunya; circulação do vírus é descartada no país

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro identificou dois casos da febrechikungunya no estado. De acordo com a secretaria, os dois casos de infecção,que pode ser transmitida pelo mosquito da dengue, ocorreram no exterior. Umterceiro caso suspeito está sendo investigado pelos agentes de saúde. Segundoas autoridades de saúde do Rio e do governo federal, não há evidência de que ovírus esteja circulando no Brasil.
Os dois pacientes com diagnóstico positivo no estado do Rio estão bemclinicamente e não houve complicações. Segundo o superintendente de VigilânciaEpidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, os doisapresentaram sintomas bem típicos da doença e já estão em casa. "Nós jáestruturamos todo o diagnóstico laboratorial da doença, e hoje o Rio temcondições de fazer o diagnóstico. Com isso, os serviços de saúde já foramalertados, inclusive em relação ao fluxo de notificação dos casos suspeitos, eo fluxo de confirmação laboratorial desses casos suspeitos”, informou.
A secretaria estadual não informou em qual município os dois pacientesmoram. De acordo com a nota do órgão, “foi feito manejo ambiental próximo asresidências e locais de trabalho. A precaução tende a ser potencializada com ascondutas já preconizadas para o combate ao Aedes aepypti, como evitar oarmazenamento de água de forma inadequada em recipientes”.
Conforme Chieppe, a orientação é para que unidades de saúde informem àssecretarias municipais e estadual qualquer atendimento com sintomas da doença,como febre e dores nas articulações e de cabeça.
“Ela tem algumas diferenças em relação à dengue, apesar de o vírus sertransmitido pelo mesmo mosquito. Tem uma particularidade que tende a nãoevoluir para formas graves na mesma intensidade que a dengue evolui”, disseChieppe. "Por outro lado, há a tendência do Chikungunya causar casosclínicos mais arrastados”, explicou.
Os sintomas costumam durar de três a dez dias, e a letalidade, segundo aOrganização Pan-Americana da Saúde, é rara e menos frequente em relação aoscasos de dengue.  A febre, que circula principalmente em países asiáticose africanos, recentemente passou a ser identificada na América Central.
O Ministério da Saúde elaborou, no ano passado, um plano nacional decontingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades devigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento deprofissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação delaboratórios de referência para diagnóstico da doença.
Desde o começo do ano, 20 casos foram identificados no Brasil. Segundo oMinistério da Saúde, do total, 17 casos foram em militares e missionáriosbrasileiros que voltaram de missão no Haiti e um caso de um brasileiro queviajou para a República Dominicana. Os outros são de dois haitianos queviajaram ao Brasil e que já estão no país de origem.
“Mesmo os casos suspeitos, não há nenhuma evidência de circulação dovírus no Rio nem no Brasil e todas as evidências apontam para que todos essescasos suspeitos e confirmados tenham um vínculo epidemiológico forte com essespaíses com transmissão do vírus Chikungunya. O início dos sintomas se deu aindaem viagem e a gente pode com bastante certeza afirmar que a contaminaçãoaconteceu fora do país”, disse Chieppe. (Agência Brasil)

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