O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban
Ki-moon, classificou de "inaceitável" o uso da força militar do Israel
contra a Faixa de Gaza e condenou os ataques com mísseis dos
israelenses.
"O uso excessivo da força por Israel é inaceitável. O
meu interesse é proteger os civis e os palestinos estão, mais uma vez,
entre a irresponsabilidade do Hamas e a dura resposta de Israel", falou
Ban Ki-moon durante o Conselho de Segurança da entidade nesta
quinta-feira (10).
Ele ainda acrescentou que esse "é um dos testes
mais críticos que a região enfrentou nos últimos anos e os civis estão
pagando o preço do prolongamento do conflito", denunciou o secretário.
Ban
Ki-moon também informou que telefonou para o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, e para o presidente da Autoridade
Nacional Palestina, Mahmoud Abbas para pedir um cessar-fogo imediato.
Já
o embaixador palestino na Onu, Ruyad Mansour, pediu que a entidade "aja
rápido para proteger os civis". "O Conselho de Segurança da Onu deve
agir para salvar a perspectiva de paz e segurança, se não, será cúmplice
da morte de inocentes. A ocupação israelense em Gaza constitui um crime
de guerra", falou Mansour.
Por outro lado, o embaixador
israelense, Ron Prosor, defendeu seu país dizendo que eles estão em uma
"operação de autodefesa". "Nenhum país está sofrendo as ameaças que
Israel está lidando. Enquanto eu falo aqui, outros cinco mísseis foram
atirados contra Israel e, um deles, atingiu uma casa. Imagine se isso
acontecesse em Nova York, Berlim ou Londres. Ninguém aceita ameaças
contra seus cidadãos", rebateu Prosor.
Ajuda humanitária
A
Caritas Jerusalém divulgou comunicado nesta quinta-feira para a agência
do Vaticano, Fides, condenando "a violência contra inocentes,
especialmente contra mulheres e crianças".
"A população de Gaza
vive em uma situação dramática pelos embargos que sofre há 12 anos e os
constantes conflitos nos últimos oito anos. Israel tem o direito de
viver em paz e os israelenses viverem em segurança, mas esse direito
jamais pode ser garantido pela guerra e pelas agressões contra pessoas
inocentes", escreveu a entidade.
A organização ainda afirmou que a
única maneira de ter paz na região é "pela Justiça e pela resolução dos
conflitos", que poderá acontecer quando for reconhecido o direito dos
palestinos de viver em liberdade na própria terra e permitindo que Gaza
se abra ao mundo.
A Caritas tem inúmeros projetos e atividades na
região, incluindo uma clínica médica móvel e um centro de ajuda
psicológica para crianças que tiveram membros amputados por culpa dos
combates. Todas as atividades do grupo foram suspensas desde que os
ataques começaram.
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