domingo, 13 de julho de 2014

Israel dá ultimato e palestinos abandonam norte de Gaza

Milhares fugiram neste domingo com medo de bombardeios.Milhares de palestinos do norte da Faixa de Gaza abandonaram suas casas neste domingo (13), após o Exército israelense anunciar com panfletos de que bombardearia a região. "Quem não seguir as instruções do Exército, colorará em risco a própria vida e a da sua família. Atenção!", dizia um panfleto veiculado pelos militares israelenses no quinto dia de uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que tem como principal objetivo enfraquecer o Hamas.  

As localidades de Beit Lahiya, Al-Atatra e Salatin, por exemplo, transformaram-se em cidades fantasmas após as evacuações. Boa parte dos palestinos procurou acampamentos das Nações Unidas para se refugiarem. "Não sabemos quando a operação terminará. Poderá demorar um longo tempo", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Um novo balanço aponta para ao menos 165 mortos, dos quais 33 crianças e adolescentes e 16 mulheres.
Os feridos seriam 1.085 desde o início da ofensiva israelense, na última terça-feira (9). O dia mais sangrento foi ontem, quando mais de 50 pessoas morreram na Faixa de Gaza. Em Israel, porém, o clima também é de tensão. Ao menos dois mísseis teriam sido interceptados na zona aérea de Tel Aviv, e as sirenes soaram em Nahariya, Haifa e Hadera. Israel teria lançado mais de 800 mísseis contra a Faixa de Gaza em cinco dias de ataques militares, disse um porta-voz militar israelense. Destes, 635 teriam atingido as regiões sul, centro e norte.
Outros 147 foram interceptados pelo sistema de defesa antimíssil. Durante esta noite, também foi lançada uma operação terrestre contra a Faixa de Gaza, tendo como alvo um local de onde o Hamas estaria disparando mísseis. Vaticano - Durante a tradicional celebração do Ângelus neste domingo, no Vaticano, o papa Francisco pediu um minuto de silêncio para uma oração pela paz na Terra Santa.
O Pontífice definiu a situação na região como "gravíssima" e pediu para as autoridades locais e internacionais "não economizarem esforços para cessar qualquer tipo de hostilidade e conseguir a paz, desejada pelo bem de todos". Itália - Por sua vez, a ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, ressaltou a necessidade de uma trégua imediata. "O conflito entre israelenses e palestinos já devastou muitas gerações", comentou a chanceler, que se reunirá com Netanyahu e com o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
 Em uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, Abbas pediu que o "Estado da Palestina seja colocado sob o sistema de proteção internacional da ONU". O apelo foi divulgado hoje, um dia após o Conselho de Segurança da entidade aprovar por unanimidade um reclamo de cessar-fogo imediato na região. Histórico- Israel lançou no último dia 8 a operação "Margem Protetora".
Ela foi colocada em prática após a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia, seguida pelo assassinato de um adolescente palestino, incendiado vivo com gasolina. O governo israelense culpa o Hamas pela morte dos jovens, mas o grupo nega ter envolvimento. Os crimes ocorreram dias depois de o Hamas e o Fatah terem anunciado um acordo histórico de reconciliação para um novo governo de unidade nacional palestino. (ANSA)

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