quarta-feira, 16 de julho de 2014

MTST promove protestos em SP contra construtora e operadoras de telefonia

Manifestantes pedem melhores serviços nas periferias.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam, na tarde desta quarta-feira, a sede da construtora Even, em São Paulo, em protesto contra a reintegração de posse de um terreno no Morumbi, Zona Sul da cidade. Desde o dia 20 de julho, a área conhecida como Portal do Povo, abriga mais de duas mil famílias, segundo o levantamento recente do movimento
Segundo Ana Paula Ribeiro, coordenadora do MTST, a intenção é pressionar a empresa a não fazer a reintegração de posse do terreno, que estaria programada para esta quinta-feira. Apesar de a construtora, em nota, ter afirmado que o local receberia um projeto de conjuntos habitacionais, até agora nada foi mostrado. “Tem um mês que a comunidade está lá, então há uma demanda para a ocupação e moradia desse terreno” conclui, Ana Paula.
Manhã de protestos
Na manhã desta quarta-feira o MTST promoveu manifestações simultâneas nas sedes de empresas de telefonia Oi, Claro, TIM e da Agência Nacional de Telefonia (Anatel), na cidade de São Paulo. A intenção é protestar contra os maus serviços em áreas de periferia. "Fizemos um levantamento e existe um grande volume de reclamações em relação ao serviço dessas empresas. Quando vemos os dados da periferia esse número aumenta ainda mais”, afirma Ana Paula.
A chegada de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) à empresa de telefonia Claro, na Rua Flórida, foi marcada por uma confusão. De acordo com os integrantes do movimento, eles foram provocados, por volta das 11h40, por seguranças da empresa e reagiram, provocando um empurra-empurra na portaria. Um grupo de aproximadamente 100 pessoas conseguiu entrar no pátio da empresa. Segundo o MTST, um dos vigilantes apontou uma arma.
Após o fim das manifestações, o movimento deu um prazo de uma semana para as empresas de telefonia solucionarem os problemas apontados. Segundo Ana Paula, a Claro chegou a abrir um canal de diálogo direto com os manifestantes. Já a Anatel informou, em comunicado oficial, que vai fiscalizar a situação nessas áreas e verificar se a estrutura respeita os parâmetros técnicos da prestação de serviço nessas regiões.

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