O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um apelo
nesta terça-feira (22) pelo fim da violência na Faixa de Gaza, que teria
provocado a morte de ao menos 121 crianças desde o dia 8 de julho,
quando Israel colocou em prática uma ofensiva militar.
De acordo
com o balanço do Unicef, que contabiliza as vítimas entre os dias 8 e 21
de julho, as 121 crianças mortas são: 84 meninos e 37 meninas com
idades entre cinco meses de vida e 17 anos. A instituição afirma que uma
a cada três crianças mortas nos ataques tem menos de 12 anos de idade.
O
Unicef estima ainda que mais de 900 crianças teriam ficado feridas nos
bombardeios e que 107 mil precisem de apoio psicológico especializado
para superar o trauma que estão vivendo.
O porta-voz da ONU em
Genebra, Jens Laerke, disse que "não há, literalmente, nenhum lugar
seguro para civis" na Faixa de Gaza neste momento. Ele definiu a
situação como "devastadora". "Mais de 100 mil pessoas estão refugiadas
em 69 escolas gerenciadas pela Agência das Nações Unidas aos Palestinos
(UNRWA, na sigla em inglês).
Nesta terça-feira, a agência de
notícias palestina al-Ray, ligada ao Hamas, informou que subiu para 605 o
número de mortos nos confrontos e para 3,7 mil o de feridos.
Um
porta-voz militar israelense disse, por sua vez, que, desde o início da
ofensiva militar, foram atingidos 1.388 alvos e mortos 183 "terroristas"
do Hamas.
Milhares de pessoas fugiram nesta terça-feira do norte
da Faixa de Gaza devido a bombardeiros israelenses iniciados durante a
noite.
Enquanto isso, o secretário de Estado norte-americano, John
Kerry, deve prolongar por um dia sua visita ao Cairo, no Egito, onde
discute a crise no Oriente Médio. Também está previsto para esta
terça-feira um encontro entre o secretário-geral das Nações Unidas, Ban
Ki-moon, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. (ANSA)
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