O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta
quinta-feira que a queda do avião da Malaysia Airlines, na Ucránia, não
foi um "acidente". Segundo ele, a aeronave, com 298 pessoas a bordo,
"explodiu nos ares". Mais cedo, dois oficiais do Exército americano já
tinham afirmado que o avião foi atingido por um míssil antiaéreo
terrestre.
A Malaysia Airlines anunciou em coletiva de imprensa
que havia a bordo do avião que caiu hoje 298 pessoas, e não 295 como
tinha sido noticiado anteriormente. Entre as vítimas, pelo menos 154
eram holandesas, 27 australianas e 23 malaias.
O secretário
geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que
está seguindo de perto as notícias relacionadas à queda do avião. Em
conversa com jornalistas, ele destacou a clara necessidade de inquéritos
internacionais completos e transparentes sobre o incidente. Ban também
transmitiu as suas condolências às vítimas e seus familiares.
O
presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a responsabilidade da
tragédia envolvendo a queda do avião da Malaysia Airlines em solo
ucraniano "é da Ucrânia". "Não teria acontecido se Kiev não tivesse
retomado as operações militares", declarou Putin.
Por outro lado,
o serviço de segurança ucraniano afirmou ter interceptado conversas
telefônicas, entre elas a de um funcionário russo e um comandante dos
rebeldes onde confirmavam o envolvimento de ambas as partes na queda do
avião.
O presidente russo falou hoje, 17, por telefone com o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o desastre aéreo
ocorrido nesta quinta-feira. "O presidente russo informou o presidente
dos Estados Unidos sobre os relatórios de controle de voo obtidos pouco
antes da conversa telefônica, que precisou que um avião malaio caiu na
Ucrânia", diz comunicado do Kremlin. Vladimir Putin expressou suas
profundas condolências ao primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak.
Já
o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta quinta-feira que
a queda do boeing da Malaysia Airlines foi "um ato terrorista",
informou a agência de notícias russa Interfax. Kiev confirmou a morte de
todas as 298 pessoas a bordo do boeing 777 que caiu no leste da
Ucrânia. A informação foi divulgada pelo conselheiro do ministro do
Interior ucraniano, Anton Gheranshenko.
Testemunhas disseram
que partes de corpos foram encontradas em até 15 quilômetros de
distância do local do acidente. Mais de 100 vítimas foram achadas. Entre
os mortos, estavam muitas crianças, apontaram rebeldes separatistas.
De acordo com as autoridades da Ucrânia, o avião foi abatido
pelos separatistas, informou a agência de notícias russa Interfax,
citando fontes do governo.
Pouco antes da notícia da queda do
avião, os rebeldes pró-russos anunciaram ter derrubado um avião
ucraniano na área onde a tragédia ocorreu. Os separatistas, no entanto,
negaram a autoria do ataque, dizendo não terem capacidade para isso.
Pela altura em que o avião se encontrava, ele só poderia ser
acertado por mísseis S-300 ou Buk, que os separatista não possuem, mas
Kiev sim. Líderes rebeldes disseram que as forças de Kiev promoveram o
ataque.
O voo MH 17 levava os passageiros de Amsterdã a Kuala
Lumpur. Controladores de voo perderam contato com o avião quando ele
sobrevoava a região ucraniana. A aeronave teria caído a cerca de 40
quilômetros de Donetsk, onde forças de Kiev enfrentam rebeldes
separatistas.
Diversas linhas aéreas mudaram suas rotas de voos para não sobrevoar o território ucraniano.
Um
avião da mesma companhia aérea desapareceu no último dia 8 de março. O
voo MH370 da Malaysia Airlines saiu de Kuala Lampur com destino à China e
desapareceu horas depois com 239 pessoas a bordo.
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