A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, cobrou hoje (4) a
apuração rigorosa do desabamento de um viaduto em Belo Horizonte. O
desastre, na tarde de ontem (3), deixou dois mortos e 22 feridos na
Avenida Pedro I, uma das opções de acesso entre a zona norte da cidade e
o Estádio do Mineirão, que abriga seis partidas da Copa do Mundo.
“Assim
como as famílias atingidas, esperamos que haja uma apuração rigorosa
das causas e dos responsáveis por esse fatídico acidente para que isso
não se repita mais no nosso país”, declarou a ministra. Ela reiterou que
o governo federal está à disposição para ajudar a prefeitura de Belo
Horizonte no atendimento aos feridos, às famílias e na remoção dos
escombros.
“A presidenta Dilma pediu e o ministro das Cidades,
Gilberto Occhi, se colocou à disposição. Estamos esperando o prefeito
[Márcio Lacerda] nos acionar se ele considerar necessário. A ajuda já
foi disponibilizada. Sei que o prefeito está concentrado no atendimento
às famílias e aos feridos. Assim que ele nos contatar, ajudaremos
imediatamente”, disse.
A ministra esclareceu ainda que, embora o
governo federal tenha aplicado recursos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) na obra do BRT de Belo Horizonte, a responsabilidade
do projeto cabia à Superintendência de Desenvolvimento da Capital,
autarquia da prefeitura da capital mineira. Até agora, o empreendimento
custou R$ 713 milhões, dos quais R$ 311 milhões vieram do PAC. O projeto
custou R$ 5,1 milhões, pagos pela prefeitura.
“A responsabilidade
do governo federal é garantir os recursos para que as obras de
mobilidade urbana possam sair. Cabe aos governos locais, a prefeitura de
Belo Horizonte no caso, a responsabilidade de fazer o projeto,
contratar as obras e fiscalizá-las com rigor”, explicou a ministra.
Segundo ela, a segunda fase do BRT em Belo Horizonte está com 85% das
obras concluídas.
Apesar de a obra ter sido anunciada como parte
dos projetos de mobilidade urbana da Copa do Mundo, Miriam Belchior
esclareceu que o projeto não está diretamente relacionado ao torneio,
mas à melhoria do transporte público de Belo Horizonte. Ela rejeitou
qualquer tentativa de associar a tragédia ao campeonato.
“O que
importa agora são as famílias que perderam os parentes queridos. Acho
que fazer qualquer relação com o impacto que isso [o desabamento] tem na
imagem da Copa do Mundo é uma coisa lateral neste momento. O importante
de fato é dar conforto a essas famílias e tirar os destroços para não
atrapalhar a vida da população de Belo Horizonte”, rebateu.
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