quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Deputados votam extinção do voto secreto da Alerj

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) votará em primeira discussão nesta quarta-feira, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 56/13, que altera a Constituição do estado para definir que as votações de perda de mandato se darão por voto aberto. Este é o único caso em que as votações ainda são secretas do Parlamento estadual. A proposta, que é votada em dois turnos e não precisa ir à sanção do governador Sérgio Cabral, é assinada pelos deputados Luiz Paulo (PSDB), Paulo Melo (PMDB), Marcelo Freixo (PSol), Lucinha (PSDB) e Wagner Montes (PSD). “O voto secreto é um instrumento que deve ser usado para preservar a democracia, nunca para impedir que haja transparência em relação às decisões tomadas no Parlamento”, diz trecho da justificativa assinada pelos autores.
Não será a primeira vez que a Alerj trata do assunto. Em 2001 a Casa aprovou o fim do voto secreto, mas foi forçada, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a voltar atrás dois anos depois. Desde então, o fim do voto secreto em cassações passou a estar condicionada à alteração de mesmo teor na constituição federal. Esta PEC começou a tramitar na Alerj no dia 27 de junho - um dia depois da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos deputados aprovar PEC similar. No ultimo dia 23, foi a vez da CCJ do Senado aprovar o texto. Agora a PEC nacional aguarda a entrada em pauta para votação em dois turnos no Senado, de onde seguirá para promulgação na Câmara dos Deputados.
Senado aprova texto-base de PEC em segundo turno
Ontem, o plenário do Senado aprovou, em segundo turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição 43/2013, conhecida como PEC do Voto Aberto. O texto estabelece que os votos dos parlamentares sobre processos de cassação de mandato e vetos presidenciais serão públicos, e não mais secretos como atualmente.
A partir de agora os senadores vão analisar os destaques para emendas que propõem mudanças a esse texto. A maioria dos destaques é destinada a ampliar o escopo de votações que deverão ser públicas. Se forem aprovadas as emendas, os votos dos parlamentares também podem passar a ser abertos em casos de indicações de autoridades e eleições das mesas diretoras da Câmara e do Senado.
Por se tratar de PEC, para os destaques serem aprovados eles precisam de 49 votos favoráveis. Nos casos de vetos e autoridades há bastante polêmica e o plenário se manifesta até o momento de maneira dividida, com alguns senadores considerando que será prejudicial para a independência do Legislativo o fim do sigilo nas votações de indicações presidenciais. Esses também defendem emendas que estipulem o voto secreto também para vetos presidenciais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário