Governo estuda a possibilidade de construir casas, fornecer subsídios para aluguel e ajuda para aqueles que foram morar com parentes.
O governo da presidente Michelle Bachelet iniciará
simultaneamente a reconstrução do norte do Chile, atingido por um
terremoto há duas semanas, e das colinas afetadas por um grande incêndio
em Valparaíso, que ainda está ativo.
"Sabemos que é um teste enorme para as famílias
afetadas, mas podem estar certos de que estamos disponibilizando todos
os recursos para lidar com essa tragédia, para começar a realocação das
famílias e a segunda fase de reconstrução", declarou Bachelet nesta
segunda-feira.
Para as 8000 vítimas, estuda-se a possibilidade de
construir casas, fornecer subsídios para aluguel e ajuda para aqueles
que foram morar com parentes.
De acordo com o porta-voz do governo, Alvaro Elizalde,
em Valparaíso "foi implantada a maior operação de combate a incêndios
que se tem notícia".
Contudo, assegurou que o governo continuará "a trabalhar
simultaneamente na ajuda e plano de reconstrução no norte", na região
de Tarapaca, atingida por um terremoto de 8,2 de magnitude há duas
semanas.
"A situação é bastante complexa. Foram dois desastres em
um curto espaço de tempo, um terremoto de grande destruição no norte e
este infeliz incêndio em Valparaíso", declarou Elizalde.
Bachelet quer cumprir com as 50 medidas anunciadas para
os primeiros 100 dias de seu governo, que incluiu ambiciosas reformas
fiscal, educacional e constitucional.
A
presidente suspendeu a viagem à Argentina prevista para terça-feira,
mas após se reunir com os ministros do comitê de emergência manterá o
restante de sua agenda e já anunciou a criação de uma comissão para
reformar o sistema de saúde privado.
"O governo mantém a sua agenda, e se tivermos que trabalhar três vezes mais, nós o faremos", disse o porta-voz.
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