Cinco tanques de guerra ucranianos foram tomados nesta quarta-feira
(16) por um grupo pró-Rússia na Ucrânia. Os blindados exibiam bandeiras
russas durante um "passeio" pela cidade de Kramatorsk, na região de
Donetsk, palco de conflitos entre o governo e partidários da Rússia.
De acordo com o jornal local Vastocni,
o grupo estava armado e não exibia insígnias. Manifestantes armados
pró-Rússia ocuparam hoje a prefeitura de Donetsk, maior cidade da região
homônima. O objetivo da invasão seria obter um referendo popular sobre o
status da região.
>> Ucrânia acusa Rússia de erguer novo Muro de Berlim
Na
região de Lugansk, em Krasnyi Luch, dois militares ucranianos foram
feitos reféns por terroristas armados, de acordo com informações do
Ministério da Defesa da Ucrânia. O oficial e o recruta foram capturados
enquanto estavam consertando o carro em que estavam viajando. O jornal
on-line Ostrov noticiou que o incidente ocorreu ontem à noite.
O
primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatseniuk acusou Vladimir
Putin de "sustentar os terroristas" no leste do país. "Parece que a
Rússia tem uma nova mercadoria a exportar: o terrorismo", acusou
Yatseniuk durante uma reunião do governo.
"Onde está a condenação
do terrorismo por parte das autoridades russas? Agora na Rússia estão
em curso duas operações anti-terrorismo, uma em Nalcik e a outra em
Makhachala, mas quando a Ucrânia começou a defender os próprios cidadãos
chamaram repressão de protesto", afirmou o premier.
"Putin mudou
sua retórica. Antes falava de 'cessar', agora apóia o terrorismo no
país vizinho", completou, referindo-se à promessa do líder do Kremlin
para perseguir os terroristas chechenos em todos os lugares.
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