segunda-feira, 14 de abril de 2014

PSB oficializa Campos candidato à Presidência com Marina como vice


O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos oficializou nesta segunda-feira a candidatura à Presidência da República pelo PSB, com a ex-senadora Marina Silva como candidata a vice-presidente.
No evento para lançamento da chapa, realizado em Brasília, o PSB divulgou uma carta de princípios da pré-candidatura de Campos, que incluem ampliar os debates para elaborar o programa de governo e dar transparência e visibilidade às ações e à prestação de contas, entre outros pontos.
O economista Eduardo Giannetti foi o primeiro a discursar e não poupou de críticas a presidente Dilma Rousseff e os dois principais partidos adversários, PT e PSDB.
"O Brasil está cansando da polarização PT versus PSDB. PT e PSDB já deram o que tinha que dar. O Brasil não quer mais do mesmo. O Brasil quer diferente... na forma e no conteúdo", disse.
"O governo Dilma é repleto de paradoxos. Um governo que se diz estatizante, mas que arrebentou as duas principais estatais do país", acrescentou.
Marina se filiou ao PSB em outubro do ano passado, depois não ter cumprido os requisitos legais para criar o seu partido, a Rede Sustentabilidade, um movimento que surpreendeu a cena política e deu musculatura para que Campos levasse adiante seu projeto eleitoral.
À época e ainda hoje, quando colocada como candidata do PSB, Marina apresenta melhor desempenho que o ex-governador pernambucano nas pesquisas eleitorais. Apesar disso e da pressão de seus apoiadores, os chamados "marineiros", a ex-senadora não pressionou Campos para encabeçar a chapa.
Mesmo nesse ambiente, Campos sempre apostou que Marina seria sua vice.
As pesquisas mais recentes colocam Campos em terceiro lugar na corrida eleitoral, atrás do senador e pré-candidato do PSDB, Aécio Neves (MG), e da presidente Dilma Rousseff.
A principal aposta do PSB é que os cerca de 20 milhões de eleitores que votaram em Marina na disputa presidencial de 2010 ainda estejam dispostos a apoiá-la, mesmo como vice de Campos, permitindo assim que ele chegue ao segundo turno da eleição.
Campos e Marina adotarão um discurso de alternativa a PT e PSDB, que têm ocupados a Presidência nos últimos 19 anos.
Nos últimos meses, no entanto, têm evitado críticas diretas ao candidato tucano, numa estratégia para unir forças contra a campanha de reeleição de Dilma.
Os dois, que foram ministros durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devem centrar fogo em Dilma.
No programa eleitoral do PSB exibido no mês passado, protagonizaram um diálogo defendendo as conquistas dos últimos governos na área econômica e social, evitaram ataques diretos a Lula e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e centram as críticas em Dilma. Esse será o enredo dos discursos nos próximos meses, segundo um integrante da campanha socialista.

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