A Justiça decretou na tarde desta sexta-feira (25) a indisponibilidade
dos bens de Leandro Boldrini, suspeito de matar o filho Bernardo, 11 anos. O
médico está preso, ao lado da madrasta da criança, Graciele Ugolini, e Edelvânia
Wirganovicz, amiga desta – os três suspeitos pelo crime.
A mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, morreu em 2010 e o
levantamento dos bens está sendo realizado. Para o Ministério Público, é ilícito
que o médico utilize os bens da vítima para pagar sua defesa nos tribunais, por
isso o bloqueio.
O juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial de Três Passos,
afirma que o Código de Processo Civil “exige (que) seja decretada a
indisponibilidade total dos bens do requerido, ao menos até que seja melhor
esclarecido no feito o quinhão que pertencia à vítima Bernardo em razão da morte
da mãe Odilaine”.
Há apenas um bem cadastrado no inventário dos bens da mãe de
Bernardo, um terreno com casa que foi vendido quase um ano antes da morte dela.
O valor da venda, contudo, foi utilizado para a compra do atual imóvel do
médico. Por causa disso, o menino teria direito à parte da casa que foi comprada
com o dinheiro da herança. Outros bens ainda podem ser apresentados, já que o
levantamento não foi concluído.
O Terra tentou contato com o advogado de Leandro
Boldrini para que ele comentasse a decisão, mas as ligações não foram
atendidas.
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