Depois de um sábado tumultuado com protestos de
moradores pela morte de Jeferson Rodrigues da Silva, conhecido como
Parazinho, no Complexo da Maré em confronto com militares do exército, a
madrugada de domingo foi calma e sem ocorrências na comunidade, de
acordo com a assessoria de imprensa da Força de Pacificação da Maré,
Major Kruchak. Ele informou ainda que os quatro militares convocados a
depor na 21ª Delegacia (Bonsucesso), que investiga a morte de Parazinho,
não serão afastados. “Eles voltaram para o grupo de comando e vão
continuar normalmente em suas funções”, confirmou.
O delegado que investiga o caso ouviu ainda dois
policiais militares que foram chamados pelo exército para acabar com a
manifestação de moradores que fecharam parte da Linha Vermelha e da
Linha Amarela. Além deles, um amigo de Parazinho foi ouvido para
esclarecer detalhes do ocorrido. De acordo com o exército, Parazinho e
outro homem dispararam contra homens do exército que realizam uma
patrulha na avenida do Canal, na Vila do Pinheiro.
Os militares responderam aos tiros e Parazinho foi
atingido e morreu. O outro homem fugiu. Com Parazinho, o Exército
encontrou um rádio comunicador e três cartuchos, mas moradores do local
contestam a informação dos militares. As investigações vão prosseguir
neste domingo, mas a assessoria da Polícia Civil não soube precisar se o
delegado vai ouvir mais pessoas da comunidade ou se vai fazer algum
tipo de perícia no local.
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