O secretário de Estado norte-americano John Kerry disse neste
domingo (13) que a Russia enfrentará “consequências adicionais” se não
reduzir as tensões com a Ucrânia e retirar as tropas da fronteira.
Ativistas pró-russos tomaram, ontem, a sede regional do Ministério do
Interior e também as esquadras da polícia em três cidades da região de Donetsk, no Sudeste russófono da Ucrânia.
“Os
militantes estavam equipados com armas especializadas russas, com os
mesmos uniformes que vestiam as forças russas que invadiram a Crimeia”,
disse um responsável do Departamento de Estado.
“Kerry expressou a
sua grande preocupação nos ataques de sábado(12) por parte de
militantes armados no Leste da Ucrânia terem sido orquestrados e
sincronizados, de forma idêntica a ataques anteriores no Leste da
Ucrânia e na Crimeia”, indicou a fonte em comunicado.
Ontem cerca
de 200 manifestantes pró-russos armados de bastões tomaram a sede da
polícia em Donetsk, cidade no Leste da Ucrânia. Os manifestantes não
encontraram resistência e algumas dezenas de membros da força antimotim
enviados para proteger o edifício foram vistos com faixas preta e
laranja, as cores dos apoiantes da Rússia.
Também no sábado, pró-russos tomaram a sede dos serviços de segurança
de Slavjansk, cidade a 120 km de Donetsk, depois de já terem ocupado
uma esquadra de polícia. Há quase uma semana, os separatistas tomaram da
sede do Governo regional de Donetsk.
O ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, anunciou
na sua página na rede social Facebook o envio de “forças especiais”
para darem uma “resposta firme” aos “terroristas”. A presidente da
câmara de Slaviansk, na província de Donetsk, Nelly Chtepa alertou:
“Estamos todos de acordo”, disse e acrescentou que “a cidade inteira irá
defender os rapazes que tomaram o edifício”.
Os separatistas exigem a unificação
com a Rússia ou, pelo menos, um referendo sobre uma maior autonomia
regional. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu ontem
calma e diálogo a todas as partes envolvidas na crise da Ucrânia para
reduzirem a tensão e resolverem as divergências.
No dia 22
de abril, o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, visita a
Ucrânia para reforçar o apoio dos Estados Unidos a Kiev e tomar medidas
para melhorar a segurança energética do país.
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