quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Conselho de Segurança da ONU discute a portas fechadas último ataque na Síria

O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência sobre a situação na Síria após a denúncia da oposição sobre um ataque com armas químicas que teria causado pelo menos 1.300 mortes nesta quarta-feira nos arredores de Damasco.
O encontro, realizado a portas fechadas na sede central das Nações Unidas em Nova York, foi convocado pela presidente do Conselho de Segurança, Cristina Kirchner, a pedido de França, Reino Unido, Luxemburgo, Coreia do Sul e Estados Unidos.
A reunião acontece depois da Coalizão Nacional Síria (CNFROS) denunciar que pelo menos 1.300 pessoas morreram hoje supostamente por causa de um ataque com armas químicas feito pelas forças do governo nos arredores de Damasco, acusação negada pelas autoridades sírias de forma imediata.
A Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho que participa das consultas e tradicional aliado do regime sírio, garantiu, por meio do Ministério das Relações Exteriores em Moscou, que o ataque partiu das posições ocupadas pelos rebeldes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse estar "comovido" por esta nova denúncia e informou que a missão de especialistas que está na Síria para investigar outros supostos ataques negocia com as autoridades analisar também este último incidente.
O regime de Damasco e Nações Unidas continuam discutindo "em paralelo" outras possíveis denúncias de uso de armas químicas, tal como foi acordado em julho, revelou um porta-voz da ONU, Eduardo de Buey, em entrevista coletiva.
O secretário-geral, acrescentou o porta-voz, reafirmou novamente sua determinação para que se chequem todas as denúncias e reiterou que se o uso de armas químicas for confirmado seria uma violação das leis internacionais.
Os rebeldes se queixaram hoje da passividade internacional, que, segundo disse em Istambul o porta-voz da CNFROS, George Sabra, interpretam como um respaldo ao regime de Bashar al Assad.
Já o regime sírio confirmou que lançou hoje uma grande ofensiva sobre os bairros da periferia de Damasco controlados pelos rebeldes, mas desmentiu que tenha utilizado armas químicas como denunciou a oposição.
Tanto o regime de Damasco como os insurgentes se acusaram reciprocamente de empregar este tipo de armas na Síria, um dos sete países que não assinou a Convenção sobre Armas Químicas de 1997.
Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas e quase sete milhões precisam de ajuda humanitária de emergência, segundo os números mais recentes das Nações Unidas.

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