Oposição síria pediu intervenção internacional diante de "máquina de guerra"
O organização Médicos Sem Fronteiras informou que três hospitais que
apoia na Síria atenderam cerca de 3,6 mil pacientes com "sintomas
neurotóxicos" na quarta-feira (21), dia do suposto ataque químico em um
subúrbio do leste da capital, Damasco.
Deste total, 355 pessoas morreram, acrescentou a MSF.
As declarações reforçam as suspeitas do uso de armas químicas no ataque.
De acordo com a ONG, funcionários de três hospitais em Damasco
descreveram um grande número de pacientes com sintomas como convulsões,
salivação extrema, pupilas contraídas e problemas de visão.
Muitos pacientes foram tratados com atropina, um medicamento
administrado em pacientes com "sintomas neurotóxicos", acrescentou a
ONG.
A MSF afirma que não pode confirmar "cientificamente" a causa dos
sintomas, mas sugere fortemente o uso de um "agente neurotóxico".
As informações dos Médicos Sem Fronteiras são divulgadas horas depois
da chegada a Damasco da chefe de Desarmamento da ONU, Angela Kane, para
pressionar o governo a ceder acesso imediato aos inspetores da ONU, no
país desde domingo (18), à área do ataque.
Pressão
Neste sábado (24), a França se uniu à Grã-Bretanha ao acusar o governo
do presidente Bashar Al Assad pelo ataque com armas químicas na
quarta-feira.
Na sexta-feira (23), o presidente americano, Barack
Obama, disse, em entrevista à CNN, que está avaliando suas opções e
descreveu as alegações do ataque químico na Síria como motivo de "grande
preocupação".
Pouco depois das declarações de Obama, o secretário de Defesa dos
Estados Unidos, Chuck Hagel, disse que seu departamento tem a
responsabilidade de fornecer ao presidente "opções para todos os tipos
de contingência".
— Isto requer posicionar nossas forças e recursos para ser capaz de
agir em diferentes situações, qualquer que o presidente escolha.
Autoridades de defesa dos Estados Unidos ainda disseram na sexta-feira
que comandantes navais haviam decidido manter temporariamente o navio de
guerra USS Mahan no leste do Mar Mediterrâneo, apesar de sua missão na
região ter chegado ao fim e a embarcação ter recebido ordens para voltar
para casa.
As autoridades ressaltaram que não receberam ordens para se preparar para uma ação militar.
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