quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Cresce número de queixas contra planos de saúde em São Paulo. Amil lidera lista

Demora na autorização de procedimentos e negativa de cobertura estão entre reclamações mais comuns. Foram 6.550 registros no primeiro semestre ante 6.100 no mesmo período de 2012
São Paulo – Excessiva e injustificável demora na autorização de procedimentos e negativa total ou parcial de cobertura ou reembolso foram algumas das 6.550 queixas feitas por consumidores de operadoras de planos de saúde à Fundação Procon/SP no primeiro semestre deste ano, segundo ranking divulgado hoje (22) com as dez empresas mais reclamadas. Em igual período do ano passado foram registradas 6.100 queixas, neste que é o sexto segmento mais reclamado em São Paulo.
Consumidores foram impossibilitados de marcar consultas ou exames pelas empresas, que também não cumpriram prazos máximos para atendimento de consultas, exames e cirurgias. Rede credenciada alterada; imposição de restrições ao direito de escolha também motivaram as queixas.
Grupo Amil (Amil, Amico, Dix e Medial) lidera o ranking seguido pela Qualicorp, Green Line, Unimed Paulistana, Sul América, Intermedica, Somel, Universal, Bradesco e Golden Cross.
ranking saúdeUnimed Paulistana, Amil e Greenline foram convocados para apresentar um plano de metas para reduzir as queixas e aumentar a solução dos casos. Segundo o Procon, as três empresas comprometeram-se a alcançar solução de 80% dos casos no primeiro atendimento.
Figuram nas reclamações também os seguintes motivos: reajustes de faixa etária em desrespeito ao estatuto do idoso; reajustes com base em índices de sinistralidade; dificuldades na manutenção do plano para aposentados ou demitidos; cancelamento do plano sem prévia notificação; erros no boleto; atrasos no envio de boletos ou carteirinhas e guia médico; multa excessiva por atraso nos pagamentos; cobranças após rescisão do contrato, entre outros.
O diretor executivo da Fundação Procon-SP, Paulo Arthur Góes, ponderou, em nota do órgão, que, passados 15 anos do marco regulatório do setor, com a edição da Lei nº 9.656/98, continuam os sérios problemas de acesso aos serviços e elevados índices de reajuste, com especial vulnerabilidade dos consumidores de planos coletivos, que não contam com adequada proteção da legislação e da própria Agência Nacional de Saúde.

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