A organização não-governamental (ONG) Repórteres Sem
Fronteiras (RSF) criticou nesta terça-feira as autoridades britânicas
por ameaçarem o jornal The Guardian com ações judiciais se o veículo não
destruir todos seus documentos relacionados com os vazamentos de
informação do ex-técnico dos serviços secretos americanos Edward
Snowden. "Essa ameaça de destruir documentos e sua execução sob
vigilância de oficiais da inteligência é um ataque extremamente grave
contra a liberdade de informação em um país que se orgulha de ter uma
das imprensas mais livres do mundo", declarou em comunicado o
secretário-geral da RSF, Christophe Deloire.
O diretor do Guardian, Alan Rusbridger, revelou hoje que
teve vários encontros com "figuras misteriosas de Whitehall
(escritórios do governo)" nas quais lhe pediram que "destruísse todo o
material relacionado com Edward Snowden".
Rusbridge disse também como dois agentes do GCHQ
supervisionaram a destruição de discos duros do periódico. "Estamos
profundamente surpresos com a crueldade do governo britânico contra o
trabalho dos jornalistas do Guardian", acrescentou a RSF, organização
pela liberdade de imprensa com sede em Paris.
A Repórteres sem Fronteiras lembrou que a revelação
acontece depois que David Miranda, namorado do jornalista do
Guardian que publicou as revelações de Edward Snowden, foi retido
durante nove horas no sábado passado no aeroporto londrino de Heathrow.
Durante a detenção, a polícia confiscou seu laptop, celular, câmera
fotográfica e outros aparelhos eletrônicos.
Espionagem americana no Brasil
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
Ainda
segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes
da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília,
pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da
Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações
Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.
Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do
governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que
o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou
também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço
secreto americano.
Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.
Após
as revelações, a ministra responsável pela articulação política do
governo, Ideli Salvatti (Relações Institucionais), afirmou que vai
pedir urgência na aprovação do marco civil da internet. O projeto tramita no Congresso Nacional desde 2011 e hoje está em apreciação pela Câmara dos Deputados.
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