O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi informado
pessoalmente que o telefone celular da chanceler alemã Angela Merkel
estava sob escuta, uma espionagem que pode ter começado em 2002, afirma a
imprensa alemã.
O jornal "Bild am Sonntag" informa que fontes da inteligência americana
afirmaram que o diretor da Agência Nacional de Segurança (NSA)
americana, Keith Alexander, revelou a operação contra Merkel em 2010.
"Obama não encerrou a operação, e sim permitiu que continuasse", destaca o jornal, que também cita um alto funcionário da NSA.
A revista "Der Spiegel" informa na edição desta semana que documentos da
NSA revelaram que o telefone de Merkel figurava em uma lista de alvos
que deveriam ser espionados desde 2002, e permanecia sob vigilância
poucas semanas antes da visita de Obama a Berlim, em junho.
O escândalo de espionagem levou os dirigentes europeus a exigir um novo
acordo com os Estados Unidos sobre a obtenção de informações de
inteligência, ao mesmo tempo em que prossegue a luta contra o
terrorismo.
A Alemanha enviará altos funcionários do serviço de inteligência aos
Estados Unidos na próxima semana para exigir respostas sobre as
acusações de que os serviços secretos americanos monitoravam o celular
de Merkel, um caso que ameaça afetar as relações transatlânticas.
Na quarta-feira passada, Merkel questionou Obama por telefone sobre o
caso e afirmou que espionar aliados seria um 'abuso de confiança' entre
sócios internacionais.
Após as acusações, o governo alemão convocou o embaixador americano, uma iniciativa sem precedentes entre os dois aliados.
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