sábado, 26 de outubro de 2013

Oposição vira governo na Câmara e muda voto sobre IPTU em São Paulo

Petistas contra o aumento em 2009 fizeram esforço para aprovar projeto de Haddad, enquanto tucanos favoráveis ao reajuste há quatro anos obstruíram votação de ontem

Futura Press
Câmara aprovou por 30 votos, em 1º turno, projeto que aumenta IPTU em São Paulo
Em 2009, quando aumentou o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de São Paulo, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) teve uma maioria mais confortável do que a que o atual prefeito, Fernando Haddad (PT), conseguiu ontem (24), na votação em 1º turno . O reajuste é vinculado à atualização da Planta Genérica de Valores (PGV) da capital, que define os valores venais dos imóveis na cidade.
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Como a atualização é baseada na valorização imobiliária da capital, o imposto terá um aumento corrigido em cima de valor de mercado, em uma média de 13% de reajuste, segundo o governo, em toda cidade. Média que considera os mais de 1 milhão de imóveis isentos, e os 320 mil que não sofrerão reajuste. Os aumentos em 2014 podem chegar a até 20% dos imóveis residenciais e 35%, dos comerciais.
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O governo precisava de, no mínimo, 28 votos para aprovar o reajuste. Ontem, o placar foi de 30 votos a favor, 18 contra e uma abstenção. Há quatro anos, o placar foi de 38 a 15. Desta vez, os vereadores que estavam contra o aumento proposto por Kassab subiram na tribuna para defender o reajuste de Haddad. E vice-versa. Muitos dos favoráveis à primeira revisão da PGV agora eram contrários à atualização.
Oposição na gestão Kassab, os petistas Alfredinho (líder do partido na Casa), Arselino Tatto (líder do governo), José Américo (presidente da Casa) e Juliana Cardoso (presidente do diretório municipal) subiram na tribuna para chamar de “abusivo” o projeto. Em nota, a liderança da bancada do PT esclarece que “nunca foi contra a atualização da PGV e consequente revalorização do IPTU”. O partido afirma que em 2009 na gestão Kassab divergia dos percentuais das travas limitadoras do reajuste. “A divergência concentrava-se nas travas limitadoras do reajuste e a nossa proposta era a aplicação de um percentual menor do que a proposta do prefeito Kassab”, diz a nota.
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Já os tucanos Claudinho de Souza, Floriano Pesaro (líder da sigla) e Gilson Barreto, antes apoiadores do aumento, agora consideram o reajuste “brutal”. Police Neto (PSD, mas em 2009 no PSDB), apoiou o projeto de Kassab, mas este ano votou contra. Disse que a atualização feita pelo seu aliado aconteceu depois de um longo período de defasagem, por isso vinha com uma margem alta, e que agora é diferente. Gilberto Natalini (PV), a época também no PSDB votou a favor, e agora foi contra.
O projeto ainda precisa ser votado em 2º turno na Câmara Municipal, e depois deve seguir para sanção de Haddad.
Veja como cada vereador votou na proposta de Haddad em 1º turno:
Contra:
Abou Anni (PV)
Adilson Amadeu (PTB)
Andrea Matarazzo (PSDB)
Aurélio Miguel (PR)
Claudinho de Souza (PSDB)
Coronel Telhada (PSDB)
Dalton Silvano (PV)
David Soares (PSD)
Eduardo Tuma (PSDB)
Floriano Pesaro (PSDB)
José Police Neto (PSD)
Marco Aurélio Cunha (PSD)
Mário Covas Neto (PSDB)
Natalini (PV)
Patrícia Bezerra (PSDB)
Roberto Tripoli (PV)
Sandra Tadeu (DEM)
Toninho Paiva (PR)
A favor:
Alessandro Guedes (PT)
Alfredinho (PT)
Ari Friedenbach (PROS)
Arselino Tatto (PT)
Atílio Francisco (PRB)
Calvo (PMDB)
Conte Lopes (PTB)
Coronel Camilo (PSD)
Goulart (PSD)
Jair Tatto (PT)
Jean Madeira (PRB)
José Américo (PT)
Juliana Cardoso (PT)
Laércio Benko (PHS)
Marquito (PTB)
Marta Costa (PSD)
Milton Leite (DEM)
Nabil Bonduki (PT)
Nelo Rodolfo (PMDB)
Noemi Nonato (PROS)
Orlando Silva (PT)
Ota (PROS)
Paulo Fiorilo (PT)
Paulo Frange (PTB)
Reis (PT)Ricardo Nunes (PMDB)
Senival Moura (PT)
Souza Santos (PSD)
Vavá (PT)
Se absteve:
Toninho Vespoli (PSOL)

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