Dois dos quatro detidos no sábado em protesto contra o Instituto
Royal, em São Roque (SP), que permaneciam presos até este domingo, foram
liberados no início da tarde de hoje da delegacia da cidade, após uma
decisão da Justiça, que concedeu alvará de soltura aos manifestantes.
Quatro
pessoas foram detidas no protesto de ontem. Elas foram indiciadas por
dano ao patrimônio público. Ainda no sábado, Marcos Vinicius Pereira
Cruz e Guilherme Magalhães Chelles pagaram fiança de R$ 678 (um salário
mínimo) e deixaram a prisão.
Protesto termina em confusão
Segundo
a rádio CBN, em meio ao protesto, que contou com o apoio do movimento
Black Bloc, manifestantes com o rosto coberto e vestidos de preto
entraram em confronto com a Tropa de Choque da PM, que usou bombas de
gás lacrimogêneo.
No tumulto, uma viatura da PolíciaMilitar e um
carro da Rede Globo foram incendiados. Outro veículo da mesma emissora e
um da Rede Bandeirantes foram quebrados. Ao menos uma pessoa ficou
ferida, segundo a rádio.
Por conta do protesto, a rodovia Raposo
Tavares teve trânsito totalmente interrompido, de acordo com a
concessionária responsável pela via. Segundo a empresa, o tráfego foi
totalmente interrompido nos dois sentidos na altura do quilômetro 56.
Desvios foram montados no quilômetro 55, no sentido interior, e 58,
sentido São Paulo.
Ativistas resgatam animais de instituto
Ativistas
invadiram, por volta das 2h de sexta-feira, a sede do Instituto Royal,
em São Roque, no interior de São Paulo, para o resgate de cães da raça
beagle que seriam usados em pesquisas científicas. Mais tarde, coelhos
também foram retirados do local.
Cerca de 150 pessoas participaram
da invasão. De acordo com relatos de manifestantes, ao menos 200 cães
foram retirados do instituto.
Ao longo do dia houve protestos na
frente do portão do instituto, que utilizaria beagles em testes de
produtos cosméticos e farmacêuticos por serem de médio porte, dóceis e
considerados de raça pura, teoricamente com menos variações genéticas, o
que torna os resultados dos testes mais exatos.
No local, foram vistos animais mutilados e cadáveres congelados. Não há confirmação oficial sobre prisão de ativistas.
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