quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Obama condena aumento da violência na Ucrânia

O presidente Barack Obama afirmou nesta quarta-feira (19) que os Estados Unidos condenam "da maneira mais forte" a escalada da violência na Ucrânia, que já deixou 26 mortos desde ontem (18), entre civis e policiais. "Os EUA estão trabalhando com a União Europeia para responder a essa situação, e os que ultrapassarem os limites sofrerão consequências", declarou o mandatário norte-americano.    Obama também acrescentou que é possível encontrar uma solução pacífica para o país e que os militares não deveriam intervir em um problema que pode ser resolvido pelas autoridades civis.
O pronunciamento é uma resposta ao anúncio feito pelo Ministério da Defesa ucraniano, que está cogitando chamar o Exército para conter as manifestações em Kiev.   
O presidente Viktor Yanukovich ainda promoveu uma troca no comando das Forças Armadas, que passou para as mãos do general Yuri Ilin. A mudança acontece no dia em que o governo iniciou uma operação "antiterrorismo" para evitar novos casos de "desordem".
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, divulgou uma nota onde pede o fim do uso excessivo da força e o respeito às normas internacionais sobre direitos humanos.   
Os protestos na Ucrânia começaram em novembro do ano passado, após Yanukovich engavetar um acordo de associação e livre comércio com a União Europeia para não afetar suas relações com a Rússia. No entanto, as primeiras mortes durante as manifestações aconteceram apenas em janeiro deste ano, depois de o Parlamento aprovar uma lei para coibir os atos.   
Duramente criticada pela oposição, a legislação acabou levando mais pessoas às ruas e logo depois foi revogada pelo governo. Em uma tentativa de acalmar a fúria da população, Yanukovich também sacrificou o premier Mikola Azarov, que deixou o cargo em meio às negociações com opositores.

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