Quatro policiais militares foram presos
administrativamente neste domingo após a morte de um adolescente de 17
anos no bairro do Campinho, zona norte do Rio de Janeiro, durante a
madrugada.
Os policiais são acusados de agredir o adolescente, que
estava sem capacete na garupa na motocicleta de um amigo. Atingido por
um policial, o jovem teria caído da moto e batido a cabeça no chão.
De acordo com o delegado Carlos Henrique Machado, titular da 29ª Delegacia de Polícia
(Madureira), os quatro PMs envolvidos na ocorrência prestaram
depoimento, além do jovem que estava na moto com o adolescente. Foi
realizada perícia na moto e os agentes aguardam o resultado do laudo de
necropsia com a causa morte.
Em nota, a PM afirmou que “assim que tomou conhecimento
da gravidade dos fatos da ocorrência desta madrugada”, o
comandante-geral, coronel José Luís Castro Menezes, determinou que os
quatro policiais (Leonardo Alves da Silva, 25 anos; Phellipe da Sá
Laranjeira Azevedo, 23 anos; Carlos Henrique Conceição da Silva, 26
anos; e Hugo Leonardo Silva de Carvalho, 29 anos) fossem autuados pela
Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM ).
Num primeiro momento, os policiais foram presos administrativamente na sede do 9º Batalhão da Polícia Militar. Ainda hoje os quatros vão ser encaminhados para a Unidade Prisional da PM, de acordo com a corporação.
Segundo a PM, o comandante do batalhão, tenente-coronel
Wagner Morehtzohn, foi à 29ª DP e afirmou que a viatura estava fora da
área de atuação, porque pertencia à companhia destacada do Morro São
José Operário. “Se ficar comprovado, ao longo do Inquérito Policial
Militar, que isso ocorreu sem uma justificativa, os policiais também
terão cometido um crime militar, o que pode resultar em um procedimento
administrativo e culminar com a expulsão deles dos quadros da
Corporação”, afirma a nota da PM.
“O Comando da Polícia Militar vem a público esclarecer
que esse tipo de atitude não corresponde aos princípios da Corporação.
As responsabilidades serão apuradas com rigor. Ao contrário do que
ocorreu, a função da Polícia Militar é servir e proteger a população.
Esse é o nosso compromisso”, diz outro trecho da nota emitida pela
Polícia Militar fluminense.
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