sábado, 28 de setembro de 2013

Motorista que disputava racha e atropelou jovens não tem habilitação

Polícia Civil informou que condutor já dirigia há 20 anos sem carta.
Acusado confessou que ingeriu bebida alcoólica antes de racha.

O motorista Reginaldo Ferreira da Silva, de 41 anos, confessou em depoimento à Polícia Civil que havia ingerido bebida alcoólica antes de disputar o racha que matou seis pessoas em um acidente em Mogi das Cruzes (SP), na madrugada deste sábado (28).
Segundo o delegado Daniel Miragaia, que registrou o caso, Reginaldo Ferreira da Silva dirige há 20 anos sem habilitação. Na noite de sexta-feira (27), ele, outros três homens e uma mulher estavam em uma festa. Eles ingeriram bebida alcoólica e entraram no carro para ir à outra festa. O motorista contou que, no caminho, foram ultrapassados por outro veículo que fez sinal para um racha, e os dois veículos começaram a disputa, que terminou no acidente.
O veículo perdeu o controle e atingiu um grupo de dez jovens entre 13 e 22 anos que estavam reunidas em um terreno. Após a colisão, o carro capotou. O acidente aconteceu por volta das 00h30 deste sábado e seis pessoas morreram no local. Outros três jovens tiveram ferimentos leves e um menino de 15 anos foi socorrido para a Santa Casa de Mogi das Cruzes e passa bem. Já os corpos aguardam documentação para serem transferidos para o IML da cidade.
Os ocupantes do veículo também tiveram ferimentos leves. Reginaldo foi preso em flagrante por homicídio doloso e embriaguez ao volante. De acordo com a Polícia Militar, Reginaldo tentou fugir mas foi impedido. Segundo o delegado, ele não tem direito a fiança. Já o condutor do outro veículo fugiu. Um pára-choque com a placa do carro pode ajudar a polícia a encontrá-lo.
A velocidade permitida na Avenida Japão é de 50 km/h mas o velocímetro de um dos veículos travou em 120 km/h no momento da colisão. Uma perícia deve indicar a real velocidade em que os carros estavam.
Vítimas
Júlio Baptista estava entre o grupo de jovens que foi atingido. "Foi Deus mesmo. Eu nem vi o que eu fiz", se lembra. "Não sei o que eu fiz, eu bati a mão no capô do carro e acabei pulando mais pra trás e depois caí inconsciente".
Segundo a manicure Lucimara Costa, o grupo de jovens tinha o costume de se reunir todas as noites no terreno em que houve o acidente. "Todas as noites eles ficavam aqui. Era um ponto de encontro deles e eles saiam de casa e iam para lá", disse.

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