Professores da rede municipal fizeram novo protesto na manhã deste domingo
O comandante da polícia militar do Rio de Janeiro, Luis
Castro, negou o uso de violência por parte da tropa de choque na
desocupação dos professores da Câmara de Vereadores na noite de sábado.
"Em momento algum usamos gás de pimenta ou lacrimogêneo dentro da
Câmara" afirmou, admitindo, por outro lado, o uso de força do lado de
fora.
"Quiseram dificultar o trabalho da polícia e tivemos que
ser mais enérgicos", disse durante a inauguração da Cidade da Polícia,
na manhã deste domingo, no Rio. Castro negou também o uso de balas de
borracha. "Desde o dia 3 de setembro não utilizamos mais balas de
borracha", garantiu.
Na ausência do prefeito Eduardo Paes na cerimônia,
apesar de estar na lista de convidados, coube ao governador Sérgio
Cabral fazer uma análise da greve dos professores, que segue tanto no
Estado quanto no município.
Cabral, contudo, não quis opinar sobre a ação da
polícia. "Não vi as imagens e não posso dar opinião se houve ou não
truculência", declarou, criticando a ocupação do plenário da casa por
parte dos professores.
"Como ex-chefe do poder legislativo, a participação da
população deve se dar sempre dentro das normas de direitos e deveres",
disse. Para Cabral, ocupar uma casa como a Câmara dos Vereadores não é a
melhor forma de dialogar e ganhar qualquer tipo de debate.
Os professores da rede municipal que ainda estão na
frente da Câmara dos Vereadores fizeram novo protesto na manhã deste
domingo. Já os professores da rede estadual prometem para a próxima
terça-feira uma grande passeata.
A concentração está marcada para as 11h, no Largo do
Machado, de onde vão marchar em direção ao Palácio Guanabara. Depois,
caminham até a Câmara de Vereadores em apoio aos professores da rede
municipal e, finalmente, encerram a passeata com um ato em frente à
Assembleia Legislativa do Rio.
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