domingo, 22 de setembro de 2013

Terroristas mantêm reféns após ataque em shopping no Quênia

Ataque em Nairóbi matou 59 pessoas e deixou 175 feridos. Militantes do grupo Al Shabad, autor do atentado que começou no sábado, continuam no prédio. Pelo menos 49 pessoas estão desaparecidas

AP
Mais de 49 pessoas estão desaparecidas
Terroristas que atacaram um shopping em Nairóbi , capital do Quênia, ontem (22), continuam dentro do prédio e com reféns. O atentado, realizado pelo grupo Al Shabad , já matou 59 pessoas e feriu 175, informou o ministro do interiror Joseph Ole Lenku. Segundo a Cruz Vermelha queniana, pelo menos 49 pessoas estão desaparecidas.
22/9: Tiroteio em shopping na capital do Quênia deixa mortos e feridos
As autoridades não confirmam quantos reféns estão em poder dos terroristas, que são contra a participação do Quênia em uma missão de paz na vizinha Somália.
Um série de tiros que durou cerca de 30 segundos interrompeu uma calma de várias horas, disse uma testemunha da Reuters, falando de perto do shopping center que tem várias lojas de proprietários israelenses e frequentado por expatriados e quenianos.
Estrangeiros, incluindo dois diplomatas --um do Canadá e outro de Gana-- foram mortos no ataque de sábado no shopping Westgate, reivindicado pelo grupo islâmico somali al Shabaab.
Pouco depois dos tiros, soldados camuflados rastejaram sob o terraço de um restaurante na frente do prédio que estava cheio de clientes quando o ataque começou.
Por horas após o ataque, os mortos ficaram pelas mesas ainda com refeições sobre elas. Em uma lanchonete, um homem e uma mulher ficaram abraçados depois de terem sido mortos, antes de seus corpos serem removidos. A música ainda estava tocando.
Vários quenianos se reuniram no local, aguardando o que esperam ser um final violento. "Eles entraram com sangue, é assim que vão sair", disse Jonathan Maungo, um segurança particular.
Leia mais: Vice-presidente do Quênia alega inocência em tribunal de Haia
O presidente Uhuru Kenyatta, enfrentando seu maior desafio de segurança desde a eleição em março, afirmou que alguns membros próximos de sua família estão entre os mortos, e prometeu derrotar os militantes. "Superamos ataques terroristas antes", disse ele.
O ataque é o maior no Quênia desde que uma célula da al Qaeda no leste da África bombardeou a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi em 1998, matando mais de 200 pessoas. Em 2002, a mesma célula militante atacou um hotel israelense e tentou derrubar jatos israelenses em um ataque coordenado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário