O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota neste domingo
na qual defende a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) mista no Congresso para investigar negócios da Petrobras. No
comunicado, FHC diz que mudou de ideia quanto ao assunto – na última
semana, ele havia defendido uma investigação técnica.
“Embora,
antes desse desdobramento eu tivesse declarado que a apuração poderia
ser feita por mecanismos do Estado, creio que é o caso de ampliar a
apuração. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, conduzirá o tema,
em nome do partido, podendo mesmo requerer, com meu apoio, uma CPMI”,
disse, citando Aécio, pré-candidato tucano à Presidência.
“Os
acontecimentos revelados pela imprensa sobre malfeitos na Petrobras são
de tal gravidade que a própria titular da Presidência, arriscando-se a
ser tomada como má gestora, preferiu abrir o jogo e reconhecer que foi
dado um mau passo no caso da refinaria de Pasadena. Pior e fato único na
história da empresa: um poderoso diretor (Paulo Roberto Costa, ex-diretor da empresa) está preso sob suspeição de lavagem de dinheiro”, afirmou FHC.
A
comissão para investigar a Petrobras foi aprovada com a ajuda de um
movimento de deputados governistas descontentes com a articulação
política do governo Dilma Rousseff. A ideia da comissão é buscar
informações sobre uma investigação envolvendo a SBM Offshore na Holanda.
Segundo
denúncias de um ex-funcionário da companhia, US$ 250 milhões teriam
sido desembolsados, entre 2005 e 2011, em propina, dos quais US$ 139
milhões teriam sido destinados a funcionários da Petrobras. No fim de
2013, a SBM Offshore, que tem contratos com a companhia brasileira para
aluguel de plataformas, admitiu em uma nota a existência de investigação
interna para apurar práticas impróprias supostamente cometidas por
funcionários.
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